Hoje, a CSI Filtros e Nãotecidos respira filtração e mundo têxtil. Mas, para chegar onde está, com amplo portfólio e atuante em seis segmentos – filtração de ar, de líquidos, têxteis para compósitos e impermeabilização, nãotecidos e matérias primas, descartáveis para saúde, higiene e controle de contaminantes, e panos de limpeza e higiene profissional e industrial, muitos desafios precisaram ser vencidos. “Ter uma empresa no Brasil já é um desafio, tem alegrias, mas muitas dores. Em 2015, quando a empresa nasceu, éramos amadores e a cada ano sentimos muitos desafios. Mas, sem dúvida, buscar profissionais capacitados dentro do segmento têxtil e de filtração foi e contínua sendo um dos maiores desafios, pois atuamos com produtos que demandam venda muito técnica e formar times na área comercial é bem difícil”, afirmou Marina Sepinho, diretora administrativa da empresa familiar, no segundo episódio do videocast “Conversa com o Associado”, transmitido no canal do YouTube da ABRAFILTROS – Associação Brasileira das Empresas de Filtros Automotivos, Industriais e para Estações de Tratamento de Água, Efluentes e Reúso.

Marina citou também como desafio a gestão, investimentos, fluxo de caixa e a pandemia, que trouxe junto com os obstáculos a serem superados, oportunidades para crescimento, com desenvolvimento de produtos para área médica e hospitalar, como máscaras, respiradores, proteção para pés e toucas. “Buscamos sempre nos reinventar e não descuidamos da capacitação, fomos atrás de boas práticas de fabricação e do selo da ANVISA”, comentou. 

A empresa também conta com o profissionalismo de outros filhos de Clélio Sepinho, fundador da empresa. São os casos de Mariane Sepinho, formada em engenharia de materiais, que atua na área industrial, e Mateus Sepinho, coordenador de marketing, que durante o programa ressaltou que, na época da pandemia, a empresa se envolveu com mais de 32 milhões de máscaras faciais, ajudando na proteção contra o vírus, fornecendo nãotecidos para indústrias e produtos acabados também. “Foi um período complexo, pois, além da escassez de materiais e recursos, havia necessidade de urgência. Foi um grande desafio, mas evoluímos muito e agregamos ao portfólio”, disse.

Momentos de conquistas - Durante a trajetória da empresa, Marina destacou a sobrevivência saudável, o crescimento sustentável, e a busca contínua em atender a demanda dos inúmeros clientes nos diversos segmentos em que a empresa atua. “As demandas são imensas quando conquistamos um cliente, mas faz com que a empresa cresça ainda mais. Acredito que isto é alcançar o sucesso”, afirmou. 

Mateus destacou que outro momento importante na empresa foi a filiação à Abrafiltros. “Nos associamos no meio da pandemia e foi difícil justificar o investimento, já que os recursos estavam escassos, mas vimos como muito valiosa a contribuição da Abrafiltros para com as indústrias. Foi um divisor de águas para a visibilidade da empresa”, ressaltou Mateus, acrescentando que com a associação conseguem ter uma visão mais ampla do mercado. “Acredito que o João Moura, presidente executivo da Abrafiltros, lá atrás viu a oportunidade e necessidade de fortalecer o setor de filtração com a associação”, disse o coordenador de marketing. Segundo Mateus, a concorrência internacional é forte na área de filtração e ter pessoas valorizando a indústria no Brasil, quando a Abrafiltros foi fundada, fortaleceu o caminho do mercado de filtração no País, trazendo benefícios enormes ao longo prazo, ao invés de trazer produtos importados. “Abrafiltros tem papel fundamental e como associado digo que antes de sermos concorrentes somos parceiros, o que faz uma indústria nacional mais forte”, ressaltou.

Adriano Bonazio, entrevistador e gerente de comunicação e marketing da Abrafiltros, reforçou a mensagem de Mateus que corrobora com a missão da associação que é consenso, de trabalho em grupo e de fortalecimento do mercado, além de criar oportunidades para as empresas associadas se desenvolvam ainda mais, com os cursos, benefícios e networking. 

Sobre tecnologia, Mateus disse que o caminho é dificultoso para implantação de IoT (Internet das Coisas), comparada às indústrias de outros segmentos, como farmacêutica e alimentícia, pois na indústria têxtil há concorrência dos asiáticos, fragilizando os investimentos em máquinas e equipamentos. Mas, segundo Mateus, Clélio é visionário em questões como novas formas de produzir filtros e usar as máquinas e, muitas vezes, faz retrofit delas para atender as aplicações que precisam. “Conseguimos eliminar alguns processos, lançamos recentemente um filtro bag 100% soldado eletronicamente ou termicamente, não possui furos por agulhas ou costura, trazendo maior segurança, confiabilidade e produtividade na fabricação. Apresentamos também filtro moldura 100% poliéster para filtração ar de unidade de ventilação, centrais de ar-condicionado HVAC, inovação que ajuda no coprocessamento destes filtros” afirmou. 

Marina destacou que a CSI se preocupa com a tecnologia dos processos e sempre fez investimentos em softwares, em ERP, na parte interna da empresa. 

Futuro deve incluir ampliação da fábrica – Mateus comentou que existem grandes projetos dentro da empresa e que o processo de fabricação, transformação e beneficiamento requer muito espaço e que, nos próximos 5 anos, o local onde a fábrica está, provavelmente, será pequeno, pois os nãotecidos e filtros necessitam de ampla área produtiva para o fluxo de materiais. “Vamos expandir a nossa indústria para cada vez mais para atuarmos nos grandes projetos”, concluiu.

Fundada em 2015, a CSI Filtros e Nãotecidos é uma empresa nacional, localizada em Jacareí/SP, especializada na fabricação e distribuição de soluções para filtração industrial e produtos têxteis. Tem como missão melhorar e proteger pessoas, produtos e processos com a filtração e nãotecidos.

Criada em 2006, a ABRAFILTROS – Associação Brasileira das Empresas de Filtros Automotivos, Industriais e para Estações de Tratamento de Água, Efluentes e Reúso – tem a missão de promover a integração entre as empresas de filtros e sistemas de filtração para os segmentos automotivo, industrial e tratamento de água, efluentes e reúso, representando e defendendo de forma ética os interesses comuns e consensuais dos associados.

 

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